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Qual foi a disputa pela autoria das peças?

A disputa pela autoria das peças ocorrida entre Shakespeare e Christopher Marlowe foi um tema amplamente discutido durante a era elisabetana e ainda continua sendo objeto de debate entre os estudiosos. A principal controvérsia era sobre a autoria de várias peças que foram inicialmente atribuídas a Shakespeare, mas que mais tarde suscitaram questões sobre a sua verdadeira origem devido às semelhanças estilísticas com as obras de Marlowe.

Os casos mais notáveis ​​de disputa de autoria envolvem as peças “Titus Andronicus” (1594) e “Edward II” (1592-93). Ambas as peças compartilham certos traços poéticos, elementos estruturais e estilos dramáticos característicos da escrita de Marlowe, levando alguns críticos e acadêmicos a propor a ideia de colaboração ou autoria parcial de Marlowe.

Os defensores da autoria exclusiva de Shakespeare argumentam que as semelhanças podem ser atribuídas à influência dos primeiros trabalhos de Marlowe no estilo em desenvolvimento de Shakespeare. Eles também destacam o crescimento e a evolução de Shakespeare como escritor ao longo do tempo, demonstrando sua capacidade de escrever em diferentes estilos e gêneros ao longo de sua carreira.

Além disso, certas variações textuais e estilísticas presentes nas peças em disputa sugerem que é mais provável que sejam o produto do desenvolvimento e da experimentação de Shakespeare, em vez da colaboração. Essas variações abrangem aspectos como métrica, vocabulário e técnicas retóricas.

Apesar destes argumentos, a teoria da colaboração entre Shakespeare e Marlowe continua a ser uma área de investigação e debate contínuo entre estudiosos e entusiastas. Estudos comparativos e análises mais aprofundadas das obras em disputa continuam a lançar luz sobre a complexa paisagem literária da era elisabetana e as complexidades da autoria naquela época.

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