"A Morte de um Vendedor", de Arthur Miller, é uma peça poderosa que investiga a vida trágica de Willy Loman, um vendedor que luta contra seu valor decrescente em um mundo em rápida mudança. Ambientado na América pós-Segunda Guerra Mundial, a peça explora temas de identidade, sucesso e os efeitos devastadores da busca pelo sonho americano.
A história segue Willy, um homem de 63 anos que dedicou sua vida às vendas, movido pela crença de que sucesso e popularidade são as chaves para a felicidade. No entanto, apesar de seus esforços, ele continua sem sucesso e a deterioração de seu estado mental começa a afetar sua família e seus relacionamentos.
Os filhos de Willy, Biff e Happy, também internalizaram os valores do pai e estão lutando para encontrar seus próprios caminhos. Biff, um ex-astro do futebol americano do ensino médio, sente-se sufocado pela falta de sucesso e direção na vida, enquanto Happy, um mulherengo e fracassado, busca constantemente a aprovação de seu pai e de seus colegas.
À medida que Willy fica cada vez mais perturbado por seus fracassos e pela compreensão de sua mortalidade, ele começa a ter flashbacks e alucinações vívidas que o transportam para seu passado. Esses flashbacks revelam seu relacionamento complexo com sua esposa Linda, seus filhos e seu irmão Ben, um empresário de sucesso que representa o ideal inatingível de sucesso.
A peça chega a um clímax trágico quando os delírios de Willy se intensificam, levando-o a tomar uma decisão drástica que lança uma sombra sobre o futuro de sua família. Através do personagem Willy Loman, Miller expõe o lado negro do sonho americano e as forças destrutivas que moldam a vida dos indivíduos comuns.
"A Morte de um Vendedor" é uma exploração comovente e instigante da condição humana, criticando a busca incansável da sociedade pelo sucesso material em detrimento da realização pessoal e da paz interior. Continua sendo um clássico atemporal na literatura americana e continua a ressoar com o público em todo o mundo.