No conto "The Enemy", de Pearl S. Buck, o Dr. Sadao Hoki, um renomado cirurgião japonês, se encontra em um dilema moral quando um prisioneiro de guerra americano ferido, um piloto chamado Homer Smith, é levado à sua clínica. Apesar do forte sentimento antiamericano que prevaleceu no Japão durante a Segunda Guerra Mundial, Sadao sente-se obrigado a tratar o piloto, sabendo que é seu dever como médico salvar vidas.
A esposa de Sadao, Hana, inicialmente fica cética em relação à decisão de abrigar o piloto, temendo as consequências caso seu segredo seja descoberto. No entanto, à medida que ela interage com Homer, ela começa a vê-lo como um indivíduo, e não como um inimigo, e fica mais solidária com sua situação.
Sadao enfrenta um conflito ético entre a sua lealdade ao seu país e os seus valores pessoais. Ele reconhece a importância do seu papel como médico, mas também está ciente de que ajudar o inimigo pode trazer graves repercussões para ele e para a sua família. O apoio e a compreensão de Hana lhe dão coragem para continuar tratando Homer com discrição, e eles trabalham juntos para mantê-lo escondido das autoridades.
À medida que a história se desenrola, o relacionamento de Sadao e Hana com Homer se aprofunda. Eles desenvolvem um senso de camaradagem e Homer aprende sobre a cultura e as tradições japonesas por meio de suas interações. A presença do piloto torna-se uma fonte de tensão dentro de sua casa, pois vivem com medo constante de serem descobertos.
O clímax da história ocorre quando a Polícia Militar faz uma busca na clínica, em busca do piloto americano desaparecido. Sadao e Hana conseguem enganar as autoridades, escondendo Homer e mantendo seu segredo seguro.
No final, Sadao e Hana refletem sobre suas experiências e percebem a importância da compaixão e da humanidade em tempos de conflito. Eles entendem que a decisão de ajudar Homer lhes ensinou lições valiosas sobre preconceito, empatia e o poder das conexões humanas.
"The Enemy" explora temas de responsabilidade moral, compreensão cultural e o impacto da guerra nos indivíduos. Desafia a noção do inimigo como uma entidade sem rosto e destaca as complexidades das relações humanas no meio de conflitos sociais.