O conto Charles Atlas também morre, de Sergio Ramirez, que tal?
Na história, escrita por Sergio Ramirez, o personagem principal é um homem chamado Apolonio Centeno, e não Charles Atlas. Apolonio é um boxeador aposentado e agora está recluso em sua pequena cidade. Sente que perdeu toda a força e virilidade, em contraste com a imagem que tinha no passado.
A vida de Apolonio toma um rumo inesperado quando uma trupe de circo liderada por um homem forte chamado Atlas chega à cidade. Atlas desafia os moradores a enfrentarem sua força e ainda oferece um prêmio para quem conseguir derrotá-lo. Apolonio, movido pelo desejo de recuperar a glória do passado e impressionar a bela Esmeralda, uma garota da cidade, decide enfrentar o formidável Atlas.
Apolonio pratica treinos intensos, seguindo os métodos que outrora lhe trouxeram força e capacidade atlética. À medida que o dia do concurso se aproxima, a excitação aumenta e a cidade reúne-se para testemunhar o tão aguardado confronto. A luta entre Apolonio e Atlas é acirrada, com os dois lutadores dando tudo de si. Num momento de grande emoção, Apolonio consegue desferir um golpe poderoso, derrotando o imbatível Atlas.
Surpreendentemente, Atlas parece humilde na derrota e compartilha uma revelação com Apolonio. Atlas confessa que sua força, assim como a de Apolônio, foi uma ilusão criada para entretenimento. Enquanto eles falam, Atlas sucumbe a um ataque cardíaco, revelando que sua forma física aparentemente sobre-humana escondia fragilidade e mortalidade.
A história termina com Apolonio contemplando seu triunfo e a natureza transitória da força. Ele percebe que a sua vitória não foi apenas uma conquista pessoal, mas também uma representação simbólica do poder da determinação, da resiliência do espírito humano e da aceitação de que a vida, com todos os seus desafios, deve ser abraçada.