Análise do poema de John Donne, His Picture?
O poema "His Picture" de John Donne explora temas da mortalidade e da natureza da arte. O poema começa com o orador dirigindo-se ao seu próprio retrato, dizendo:"Aqui, tire minha foto; embora eu peça que fique." Isto sugere que o orador está consciente da sua própria mortalidade e que está a tentar preservar algo de si através da sua arte. O orador então descreve seu retrato em detalhes, observando a maneira como seus olhos estão voltados para baixo e sua boca está "selada". Isto sugere que o orador está tentando transmitir uma sensação de perda e distância entre ele e o retrato.
O poema também aborda a ideia da arte como forma de preservar a memória. O orador diz:"Quando daqui por diante eu finalmente partir / Então o mundo que me amou uma vez poderá ver / O que eu era e ser meu inimigo." Isto sugere que o falante acredita que sua arte lhe permitirá continuar a existir de alguma forma depois de morrer. Ele também está ciente de que o mundo pode se voltar contra ele depois que ele partir, mas acredita que sua arte garantirá que ele seja lembrado.
Os versos finais do poema são particularmente comoventes. O orador diz:“Assim, todas as coisas têm o seu fim, tal como começaram, / Nossa vida é apenas um palmo”. Isto sugere que o orador está consciente da natureza passageira da vida e que está a tentar encontrar uma forma de aceitar a sua própria mortalidade. O poema termina com o orador dizendo:"Ó, então os homens eram tão castos e sábios, / Que nem riqueza, nem fama, / Nem amor, nem luxúria os tentaram aqui / Até que aprovaram sua vergonha." Isto sugere que o orador acredita que a única maneira de alcançar a verdadeira paz é renunciar aos desejos mundanos e viver uma vida de castidade e sabedoria.
O poema de Donne, "His Picture", é uma meditação poderosa e comovente sobre temas de mortalidade e arte. A consciência do orador da sua própria mortalidade e as suas tentativas de preservar algo de si mesmo através da sua arte são profundamente comoventes, e o poema termina com um sentimento de resignação e aceitação da natureza passageira da vida.