The Man with the Hoe" é um poema de Edwin Markham, publicado pela primeira vez em 1899. É considerada uma das obras mais famosas de Markham e foi amplamente antologizada. O poema descreve um trabalhador rural cansado e oprimido, com um rosto de "um bíblico pergaminho" e "mãos que os séculos moldaram em granito", que labuta nos campos sob o calor opressivo do sol. Ele aparece como uma figura de desespero e desesperança, vítima da dura realidades da vida rural.
O poema tornou-se muito popular e gerou discussões significativas sobre as disparidades sociais e econômicas. Tocou em muitos leitores que o viam como um reflexo das lutas enfrentadas pelos indivíduos da classe trabalhadora durante a transformação industrial do final do século XIX. As imagens evocativas e a linguagem poderosa do poema transmitiram eficazmente as duras condições e as circunstâncias de exploração dos trabalhadores e ressoaram com as preocupações das pessoas sobre a injustiça social.
O poema não mencionava diretamente o termo “oração”, mas tinha muitas qualidades semelhantes às da oração. O uso da linguagem e das imagens por Markham criou um tom elevado e uma aura espiritual em torno do trabalhador rural, quase como uma figura bíblica que precisa de salvação. Além disso, o poema termina com um apelo a Deus para que alivie o sofrimento do trabalhador, oferecendo esperança e possibilidade de intervenção divina:
_E os olhos dos bois mortos
Vire vazio para as moscas;
Mas quem vai recorrer a ele
Quem trabalha até morrer?
Ó mestres, senhores e governantes de todas as terras,
É esta a obra que você dá a Deus,
Essa coisa monstruosa distorcida e extinguida pela alma?
Como você vai endireitar essa forma;
Toque-o novamente com a imortalidade,
Devolva o olhar para cima e a luz;
Reconstrua nele a música e o sonho;
Corrija as infâmias imemoriais,
Erros pérfidos, desgraças iremediáveis?
Ó mestres, senhores e governantes de todas as terras,
Como será o futuro com este homem?
Como responder à sua pergunta bruta naquela hora
Quando redemoinhos de rebelião sacodem todas as praias?_
Nestas linhas finais, Markham coloca questões profundas e reflexivas, chamando implicitamente a atenção para a necessidade de reforma social e mudança social. Embora não seja diretamente chamado de “Uma Oração”, o poema incorpora a essência de um apelo ou súplica por mudança, abordando os temas da desigualdade social e a necessidade urgente de intervenção para resolver a situação desesperada da classe trabalhadora.