O poema de Richard Ntiru, "Pauper", é uma exploração poderosa da pobreza, da desigualdade e da injustiça social. O uso de diversos recursos literários aumenta o impacto emocional do poema e reforça seus temas.
1.
Repetição :Ntiru inicia o poema com a frase repetida “Sou um indigente”, estabelecendo imediatamente o seu tema e enfatizando a condição de empobrecimento do locutor. Essa repetição continua ao longo do poema, proporcionando uma estrutura rítmica que reforça o sentimento de desespero do locutor.
2.
Símiles :Ntiru emprega símiles para fazer comparações entre a existência pobre do falante e vários objetos ou cenários. Por exemplo, os versos "Sou magro como um ancinho / E seco como um osso" transmitem efetivamente o declínio físico do falante, enquanto a comparação com "um saco vazio" destaca sua profunda sensação de vazio.
3.
Metáforas :O poema contém metáforas ricas e evocativas que estendem a comparação além de um mero nível superficial. Por exemplo, Ntiru refere-se ao orador como “a sombra de um homem” e “um fantasma de mim mesmo”, sugerindo que a pobreza o despojou da sua identidade e humanidade.
4.
Personificação :Ntiru personifica abstrações como “pobreza” e “fome”, dando-lhes um senso de agência. Esta técnica aumenta a força opressiva que a pobreza exerce sobre quem fala e sublinha os seus efeitos desumanizantes.
5.
Imagens :O poema está repleto de imagens vívidas que evocam experiências sensoriais poderosas. Por exemplo, a descrição do falante de “pés inchados” e “dores nas articulações” cria uma sensação visceral de sua dor física. Da mesma forma, o contraste entre “salas frias e vazias” e “festas suntuosas” ilustra vividamente a gritante desigualdade que ele enfrenta.
6.
Antítese :Ntiru justapõe imagens e ideias contrastantes, destacando as disparidades e injustiças predominantes na sociedade. Por exemplo, ele contrasta a situação do orador com a extravagância dos ricos, criando um sentimento de indignação e indignação moral.
7.
Hipérbole :O orador usa uma hipérbole para enfatizar a intensidade e a extensão de seu sofrimento. Frases como "Eu vivi mil anos / Neste abismo escuro" e "meu estômago ronca como uma fera" transmitem a natureza avassaladora de suas experiências e o domínio implacável da pobreza.
Ao empregar estes recursos literários, Richard Ntiru cria um poema comovente e instigante que dá voz aos empobrecidos e marginalizados, lançando luz sobre a necessidade urgente de mudança social.