1. Rejeição de formas e estruturas tradicionais: A poesia de Hilda Doolittle muitas vezes se desvia das formas tradicionais, como sonetos ou baladas. Ela experimenta versos livres, comprimentos de linha irregulares e padrões de estrofes inovadores. Esta rejeição das estruturas convencionais reflecte a exploração modernista de novos modos de expressão poética.
2. Técnica de Fluxo de Consciência: Doolittle emprega técnicas de fluxo de consciência para transmitir os pensamentos e emoções internos de seus personagens. Esse estilo narrativo imersivo, característico da literatura modernista, permite aos leitores acessar diretamente as experiências subjetivas e os processos mentais dos personagens.
3. Fragmentação e Descontinuidade: Os poemas de Doolittle são frequentemente fragmentados e descontínuos, refletindo a natureza fragmentada da vida moderna e as complexidades da experiência humana. Esta fragmentação desafia a noção de uma narrativa coerente e linear, reflectindo a ênfase modernista em realidades fracturadas.
4. Simbolismo e Imagismo: A poesia de Doolittle é altamente simbólica, empregando imagens para transmitir emoções, ideias e associações complexas. Sua associação com o movimento Imagista, que priorizava a precisão e a concisão nas imagens, fica evidente no uso evocativo e concentrado da linguagem.
5. Experimentação com linguagem e sintaxe: Doolittle experimenta livremente a linguagem e a sintaxe para criar efeitos poéticos únicos e não convencionais. Ela subverte regras gramaticais e estruturas linguísticas convencionais para desafiar as normas linguísticas estabelecidas, uma marca registrada da literatura modernista.
6. Exploração de Identidade e Gênero: A poesia de Doolittle explora temas de identidade e gênero, investigando as complexidades das experiências das mulheres e desafiando as expectativas da sociedade. As suas representações do desejo, da autonomia e da agência femininas contribuem para a reavaliação modernista dos papéis tradicionais de género.
7. Intertextualidade e influência clássica: Os poemas de Doolittle frequentemente baseiam-se na mitologia clássica e na cultura grega antiga. Ela se envolve em diálogo intertextual com essas fontes históricas, incorporando alusões e referências para criar uma rica tapeçaria de ressonâncias culturais e históricas.
8. Conexões Colaborativas e Transatlânticas: Doolittle fazia parte de uma rede transnacional de escritores modernistas, colaborando com Ezra Pound e outras figuras influentes da época. A sua participação nestes círculos e intercâmbios literários exemplifica o espírito internacional e colaborativo do modernismo.
No geral, a abordagem modernista de Hilda Doolittle é caracterizada pela sua rejeição de formas convencionais, exploração de experiências fragmentadas e subjetivas, experimentação com linguagem e imagens e envolvimento com temas de identidade, género e herança cultural.