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Por que Bernard Shaw escreveu Santa Joana?

Bernard Shaw escreveu Santa Joana por vários motivos.

1:Contexto histórico e político: A peça foi escrita em 1923 tendo como pano de fundo a desilusão pós-Primeira Guerra Mundial e a ascensão do nacionalismo. Shaw estava interessado em explorar a figura histórica de Joana D'Arc e seu papel na Guerra dos Cem Anos, bem como as complexidades políticas de sua época.

2:Comentário social: Santa Joana também foi um veículo para os comentários sociais e visões críticas de Shaw sobre a sociedade, a Igreja e as instituições militares de seu tempo. Através da história de Joan, Shaw levanta questões sobre o conflito entre a consciência pessoal e a autoridade política, a natureza do heroísmo e o poder da crença individual face às normas sociais.

3:A personagem de Joana e o conceito de santidade: A representação de Shaw de Joana D'Arc como uma mulher complexa e de mente independente desafiou as representações convencionais dela como uma santa. Ele procurou retratar Joana como uma pessoa forte, inteligente e profundamente religiosa, usando sua personagem para desafiar as noções tradicionais de santidade e explorar a tensão entre a fé espiritual e os desejos mundanos.

4:Crítica do dogma religioso e político: Santa Joana foi um exame crítico das instituições religiosas e políticas. Shaw criticou a Igreja pela sua corrupção e pela sua vontade de perseguir aqueles que desafiaram a sua autoridade. Ele também satirizou os líderes militares e políticos pela sua miopia e pela sua tendência de sacrificar indivíduos pelas suas próprias agendas políticas.

5:O estilo dramático de Shaw e o uso do humor: Santa Joana também se destaca por sua estrutura dramática inovadora, que alterna entre cenas históricas e um epílogo moderno. Shaw também emprega sua sagacidade e humor característicos para criticar instituições religiosas e políticas e para explorar o conflito entre idealismo e pragmatismo.

No geral, Santa Joana foi o resultado do interesse de Shaw pela história, pelos comentários sociais e políticos, pelo seu fascínio pela personagem de Joana e pelo seu desejo de desafiar as ideias convencionais sobre a santidade, a autoridade religiosa e a natureza do heroísmo.

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