As raízes do rock n roll remontam às tradições musicais das comunidades afro-americanas nos Estados Unidos, particularmente aos gêneros de ritmo e blues (R&B), jazz e música gospel. Estes géneros surgiram de uma fusão de influências musicais, incluindo tradições musicais da África Ocidental, música folclórica e de dança europeia e, mais tarde, a incorporação de instrumentos electrónicos como a guitarra eléctrica e o saxofone.
No início do século 20, músicos afro-americanos começaram a experimentar a mistura de elementos de blues, jazz e boogie-woogie, dando origem ao que é conhecido como "jump blues" ou "swing blues". Artistas como Louis Jordan, Big Joe Turner e Wynonie Harris são considerados pioneiros desse som.
Durante o final da década de 1940 e início da década de 1950, ocorreu um desenvolvimento significativo quando músicos brancos começaram a emprestar ideias e estilos musicais de artistas afro-americanos. Este processo, conhecido como "polinização cruzada", viu elementos de R&B, blues, country e boogie-woogie se fundirem em uma nova forma eletrizante de música que ficaria conhecida como rock n roll.
A popularidade do rock n roll se espalhou pelos Estados Unidos, em parte graças ao surgimento de estações de rádio influentes como a WLAC em Nashville, Tennessee, que começou a transmitir música R&B para um público mais amplo. DJ Alan Freed é creditado por usar o termo "rock n roll" pela primeira vez durante seus programas de rádio no início dos anos 1950.
Ao longo da década de 1950, o rock n roll viu uma explosão de artistas populares, incluindo Elvis Presley, Chuck Berry, Little Richard, Buddy Holly e Jerry Lee Lewis. Cada artista contribuiu com seus estilos e inovações únicos, impulsionando ainda mais o gênero para o mainstream.
O sucesso do rock n roll também desafiou barreiras culturais e raciais, à medida que conquistou seguidores entusiasmados entre o público branco e afro-americano, confundindo as fronteiras tradicionais e promovendo a integração social através de experiências musicais partilhadas.